Duas certezas e uma dúvida...


Eram duas alternativas. O que me fazia bem, e o que eu sempre sonhei. Me impressionava a facilidade que eu tinha de entrar nesses conflitos. Era quase como ficar entre a razão e a emoção. O que me fazia bem, me deixava feliz, mas que não era o que eu tinha sonhado; ou o que eu sempre sonhei, mas que nem sempre me fazia bem, embora conseguisse arrancar de mim os mais sinceros sorrisos. Por mais que eu tentasse era difícil não ter uma escolha pronta dentro de mim, mesmo porque nessas horas os sonhos acabam levando vantagens... ainda mais se ele tiver alguma chance de se tornar possível. O triste era que no final das contas o que me fazia bem, e o meu sonho andavam tão juntos que era até difícil vê-los separados um do outro. Triste assim. Eu não podia escolher o que eu sempre sonhei sem destruir o que me fazia bem, e nem ficar com o que me fazia bem sem destruir meus sonhos. Mas dentro de mim, já não restavam dúvidas, sonhos nem sempre são feliz o tempo todo. Não importa o que acontece no meio do dia, se ao entardecer e no amanhecer você está sorrindo. E era isso que mais do que nunca, que fazia com que eu me agarrasse a certeza de que aquela era escolha certa. Mas e o que me fazia bem ? Seria certo fazer mal, mesmo que pela minha própria felicidade, à algo que só me fazia bem? Ao me fazer essa pergunta não pude evitar lembrar de tempos atrás, quando perdi o que eu sonhava e o que me fazia bem, por fazer a escolha errada. O mesmo erro duas vezes em enredos distintos seria algo imperdoável. Sonhos. Sempre os levei tão a sério, porque agora parecia tão difícil? Perguntas que não saiam da minha cabeça, respostas que se negavam a chegar... Tudo que eu queria era ter certeza que dessa vez eu poderia ser feliz...

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