Engraçado como a gente não dá o menor valor pra certas coisas na nossa vida, e de repente elas tomam dimensões gigantescas. Explico: hoje a tarde tirei meu aparelho depois de 4 anos de uma convivência de extremos, às vezes nos amando, e em outras ocasiões nem tanto, mas esse "nem tanto" não era o suficiente para querê-lo longe de mim. Okay, o que isso tem haver com você? Bom, talvez nada. Mas não é do meu ex-aparelho meiguinho que eu quero falar, o fato é que algumas coisas na nossa vida são assim, passam tanto tempo conosco que a gente acaba se acostumando com a convivência: algumas briguinhas de vez em quando, mas nada que não possamos suportar, e assim, nesse nem cheira, nem fede, acabamos não dando o devido valor a essas coisas, e quando percebemos que podemos perdê-las o pânico se instala. É sempre assim, né?! Só damos valor a algo quando sabemos que vamos perdê-lo. Sim, fiquei bem triste por ter que rancar o aparelho e tals (ele já fazia parte de mim, sabe...), pude perceber que nunca dei o verdadeiro valor pra ele... e só no ultimo momento, na verdade nos últimos minutos me dei realmente conta disso. Mas foi lá, deitada na cadeira da dentista ao som de I'm with you, da Avril Lavigne (antiga, né?!), que consegui ver essa história de outro ângulo: quando essas coisas, que no ultimo momento a gente se dá conta que são importante, vão embora elas deixam marcas querendo ou não. Marcas que podem ser boas ou ruins, depende só da gente (e do nosso tipo de relação com essas coisas)... boas ou ruins, essas marcas sempre vão contribuir para o nosso amadurecimento, e esse é o lado positivo da história ! Meu aparelho se foi, mas o meu sorriso ficou bem mais bonito depois disso, e o mesmo tem que acontecer com a gente; as pessoas, as situações, o tempo... tudo passa, mas as marcas permanecem, se elas serão boas ou ruins só depende de nós; o importante mesmo é aprender sempre e nunca esquecer que é durante as quedas, as perdas, os erros, que a gente mais aprende, e é assim que nos tornamos pessoas melhores, capazes de amar mais, de reconhecer o verdadeiro valor das coisas, porque se nem isso nós formos capaz de aprender, aí sim o mundo estará perdido. E um viva ao aparelho ortodôntico ! \o/
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